A jornada para estar aqui escrevendo este texto foi intensa. Ao longo do caminho, aprendi que Deus nunca abandona os que escolhe para atuar como seus mensageiros. No entanto, constantemente me questionei sobre as diferenças entre o que ouvia e o que realmente acontecia.
Cada dia foi uma batalha — comigo mesma, com Deus, com os anjos — para entender por que os resultados divergiam tanto dos esperados. Agora vejo mais claramente que ainda enfrentaremos muitas mudanças até que tudo aconteça conforme planejado.
Haverá a necessidade de equilibrar o que acontece comigo e com os outros. Meu problema era a pressa: fui profundamente ferida e não concordava com tudo o que estava ocorrendo. Esta é uma história longa, mas precisa ser contada para esclarecer por que as coisas não deram certo. Embora tenha sido afastada, reconheço que, para ter de volta o que perdi, aqueles que me prejudicaram deverão perder o que ganharam injustamente. O universo é equilibrado, e se me vissem em vantagem, poderia ter perdido ainda mais. Foi doloroso ver minhas conquistas indo embora por ações de pessoas que se recusavam a ver a verdade nas profecias.
Nunca faltei com a verdade — e isso talvez tenha os chocado. Eles queriam a verdade deles, não a que eu anunciava.
Por isso, muitos como Magno Malta e Ronaldo Caiado, assim como eu, acabaram afastados do governo, sem espaço para atrapalhar os planos alheios.
Esta semana, ao encontrar uma dessas pessoas adoecida, lembrei-me do que ouvi: "Não tente ajudá-los ou você poderá adoecer. Tudo o que fizeram contará quando houver ajuste de contas. Para que você receba de volta o que lhe é devido, é necessário não se envolver e seguir com seus afazeres. O que acontece a eles não é da sua conta."
Parece duro, mas foi preciso. Afinal, quando você está por baixo e ninguém se interessa por você, é natural que cresçam apenas até onde é permitido. E o universo, ao perceber injustiças, faz suas próprias correções, favorecendo os prejudicados.
Quando fui novamente convidada a concluir meu trabalho, muitas coisas foram esclarecidas. Foram dias de choro e tristeza pelas perdas e deslealdades não apenas comigo, mas com senadores, ministros e amigos que eu julgava seriam considerados.
Fiz alertas diretos a Jair e outros no governo, mas ninguém quis ouvir. Assim, enterraram o que poderia ter sido um grande projeto. Esta semana, ao ouvir Silas Malafaia, reconheci um possível interesse em ter vantagens com Jair, mas sei que também aqui haverá ajuste de contas. O julgamento não é meu, mas posso ver claramente o que cada um recebe.
Sonhos estranhos marcaram minha semana até que me deparei com o que precisava ler: "O vale de Jaboque, hora de vencer, renascer sem as máculas do passado. Quando alguém luta com Deus, uma nova alma é concedida, para iluminar o projeto original."
Maria do Rocio
